sábado, abril 21, 2007

Rafael

Ele ajeita o bola ajoelhado. Ergue-se, dá precisamente três passos pra trás em diagonal com o gol. Olha o goleiro e depois para a bola. Inspira. Expira. Um. Dois. Ele dá dois passos largos até a bola e bate com a parte interna do pé. Lá vai a bola, com efeito para à esquerda, passa riscando a barreira e entra no ângulo do goleiro. Um golaço! Ele timidamente levanta os braços e comemora: “Pega”.

Porém havia um problema. Aliás, vários. Ele não estava num estádio. Não havia torcida nem goleiro nem traves. Não havia sequer bola a sua frente. Ele estava no início do Parque da Maternidade às sete horas da manhã de um dia de semana, sem camisa e descalço.

Louco? Por quê? Ele estava somente fazendo o que lhe dava prazer ao contrário dos ditos normais que estavam ao seu redor apressados para o trabalho ou para a escola.
Carlitos Marx

“A imaginação é mais importante que o conhecimento”
Einstein

"Somos todos malucos. Quem não quer ver maluco, deve quebrar os espelhos."
Voltaire

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