sábado, agosto 02, 2008

O mundo de Fora, a flora da vida


O desejo agora não é de transcender, apenas sair, sair da consciência da vida para a consciência do sonho, não argumentar e conviver com a verdade em entropia, energia de vida que seja jamais transformada em trabalho. Mundo de fora, fora de si, fora de tudo, fora de in, fora, só fora e nada mais.

Ir com o gosto de desejo, desejo de sair, desejo por tudo que não se vê, desejo por sentir aquilo que não é, construir o que não se é. É dito agora, em claro, claro e alto, o desejo é de ir, com gosto de desejo de sair.


Trojdens Desmond

quinta-feira, julho 03, 2008

Um pingo

O céu descansa a vista

a vista insiste no céu

o céu prende a vista

a vista insiste

o céu dá a vista

a vista

ela, um céu rosa

eu, uma vista azul


Trojdens Desmond                           .......................




Bom é dizer muito em pouco, melhor dizer tudo, ruim dizer nada em tanto, muito mais que tudo, pior é nada em tudo, assim fala minha consciência calada 

.




segunda-feira, junho 30, 2008

Pensamento 01

Meus contatos com Deus são meio complexos, nos falamos eventualmente.

-------------
Procurarei postar mais e menos.

Near, cara! Tudo bem? Saudades...

Carlitos Marx

terça-feira, maio 27, 2008

27 quinto, amor infinito

Espero

Espera, bela


//Toinc, toinc, toinc, toinc//, escuto a menina cantar meu cabelo, voz de menina doce, voz para menino moço, como só eu sou, com a mão em meu rosto, como só ela pode. Ela, menina moça do meu coração, com beijos finos e macios em meu rosto, a me fazer feliz, feliz como em um 27 de minha vida, como neste 27 de mês quinto. Mais que feliz fico agora por saber do gosto de sua alegria por mim, naquele 26. Para alegria sua, mesmo que não seja completa por eu não estar no momento, deste momento em diante, mando-lhe um Eu rosa, um eu de sua cor, para que eu esteja sempre em caminho com seu tom, tom que me encantou por horas, horas em que fico estático a ver e sonhar com a correnteza de nossas vidas, sem muros inoportunos e insanos, insanos de doença não de beleza, uma insanidade chata, desesperada, ah!

A ti, Pazzita linda, somente a ti, um Eu rosa, um Eu que possa estar contigo noite e dia, receber de ti os carinhos que eu ainda sonho ter mais que em breves horas que já passaram. Recebe-me em teus braços nesta manhã, recebe o Eu de tua cor, que na tarde sonharei que recebas o eu real. Moça fada que me encanta, minha fadinha. Feliz ano 19 de sua vida.


Trojdens Desmond

sábado, abril 05, 2008

Dias, enfim, mais dias

Com cores e sons em mente espero
espero o fim
espero ela


Hoje e amanhã, dias em que me passo em dor
dor por saber que amanhã terei o nada para contemplar minha dor
dor por saber que o depois de amanhã nem o nada terei

Pior hoje, a dor de saber que já agora eu tenho o nada como fim
dor de saber que amanhã existirá, que amanhã com o nada existirei
com o nada dessas palavras que deliram ser algo
apesar de não possuírem cor, poeirinhas letras que nem som possuem

Mas ainda que com nada eu viva, que eu viva com o nada mais belo
com a mais bela de tudo



Trojdens Desmond

quinta-feira, março 27, 2008

Mina viva, mina morta



Mergulho em cactos d'ouro, encontro-me em ouros de louros, sujo de vida em louros de outros, nos amores de tantas, na dor de ninguém.

Mergulho em ouro a cactos de vidro, com sujeira de morte, couro de touros tortos que morrem em sangue de prata, espadas sem alma.

Ah, vertigem em areia à roda de louros de gritos e amores por gente que aqui não é nem há, por gente que aqui não sabe o que é ou há.


Trojdens Desmond


sábado, março 22, 2008

A duas bellas


Laranjinha
Expresso-me em paixão a ti, moça linda de sabor bom e vida boa que me dá a vida boa, mesmo que imagens ao vento. Moça que me dá a paixão com a qual escrevo a ti, menina moça que me dá a alegria das cores, tua cor de sol, meu sol, que não é dourado amarelo, é laranja de doçura e beleza, dando-me luz a meus olhos para que vejam os teus, que me levam as minhas luas, não cinzas sem graça, mas verdes e explosivas de amor e vida, tal qual minha terra de mata. Moça menina do sorriso azul de meu céu da noite, clareado com luas e estrelas, estrelas douradas que brilham teus cabelos. Alegra-me, tu, Laranjinha e vem ao rio, o Acre.


Pazzita
A ti, Pazzita, expresso-me com semelhante paixão, só que tua, semelhante passo de amor e toque; com semelhante ternura e sutileza que manda-me por teu rosto, de belo sorriso, inocente voz, insana alegria, tremido passado. Menina moça, pequenina e linda, que me traz o gosto da madrugada e o despertar da manhã, faz o sol nascer com tua voz, com cuidados de gente grande em muindo de menina nova que cresce, vem a mim, recebe de mim as caricias e afagos que te façam alegre para que possas alegrar-me, mocinha linda.


Trojdens Desmond

domingo, fevereiro 10, 2008

O choque da realidade seguido do desprezo.

Hoje eu acordei cedo, digo, 8 horas da manhã. Fui ao quintal da minha casa e me deparei com a dona Júlia, lavando roupa. Eu não acho legal lavar roupa, ainda mais roupas que não são minhas.. Fiquei pensando.. e:

-Bom dia Mariana.

-Opa, Bom dia dona Júlia. Minha nossa, muito sol hoje né, dia bonito demais!

-Bom que seca logo a roupa.

Seria essa a finalidade de um dia bonito?
Para a dona Júlia sim.
E eu voltei a dormir.


Iram Lee

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Céu juruaesco

O céu é claro, é escuro, é noite, é frio, é vento frio, é vida fria, é vida boa, é céu bom

O ar é ar de vida, é ar de mundo, é ar de mato, de chão, é o fim das montanhas, é ar de vida antiga

A cidade é vaga, é rala, é fraca, comum e cega bem como todas essas de minha terra. A cidade pouco importa, o ar é grande, maior.

O céu agora é cheio, nuvens brutas e macias, corações brancos de céus insanos como nossas mentes, como nossos amores, como a deveria a vida ser, assim, bruta e macia, cheia de amores macios e brutos, com moças doces e macias.

À esquerda o sol abaixa-se, à direita nuvens põem-se juntas em frenesi de pré-guerra, preparam-se para botar todas suas armas céu a baixo, água e luz, a lavar este chão; será preciso muita água, anos de água, séculos de água, uma vida de água e luz, uma vida longa, longa como a de deuses. Ao centro, luz e nuvem, resquício de sol, resquício de nuvem. O campo é grande, a vida curta.

A noite é clara, gritos da guerra ecoam em forma de luz na parte escura da noite, relâmpagos, estrondo e estrondo, mais que luz, mais que sol, é guerra, é natureza sem fogo, carne sem brasa, é brasa pura, é real, verdade real, é escuro e sombrio, é mundo, é céu em guerra, é céu em chuva, é Iansã, “deusa pagã dos relâmpagos, das chuvas de todo ano dentro de mim”, dando ordens de batalha, é meu verde na noite em ira com o cinza que lhe oculta a vista e o coração, é tempestade, é o sangue contra o ouro tingido de dor, de insônia. Sou eu contra o ocidente manchado.


Trojdens Desmond

domingo, janeiro 27, 2008

Três e uma

Três que sei, dois e um que vi

nenhum está com


todos estão, estão sem


com desejo de estarem com


todos passaram e sentiram


gostaram e não ficaram

não depende de nós, depende de...



Trojdens Desmond

quinta-feira, janeiro 24, 2008

X ou Y

Ele tem braços longos e fortes os quais realizam movimentos grotescos. Uma cabeça desproporcional ao corpo que tem. Uma cabeça pequena. Não é possível ver com nitidez seu rosto, porém eu sei que tem um olhar vazio. O seu líder fala sempre em crescer, crescer, crescer... O líder diz o que pode e o que não pode (na maioria das vezes não pode). Ele vira pro líder e diz: recebo! Ele tem pensamentos, no mínimo, engraçados no meu ponto de vista: “Foda-se quem me odeia.”, “Foda é ser eu.”, “Pegou a senha? ...”.

(Guardei esse texto por um bom tempo a espera que nosso desenhista desse o ar da graça. O desenho não veio mas o Dia do Evangélico veio.)

Carlitos Marx

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Txai Hänê

É isso que é, ele é isto

somos isto, pensamos

Ele não pensa, é,

já é o que é por ser, não por pensar se é


É isso que sapiens não são

é isso que pensam

pensam demais; não se pensa, é-se


É isto que sou, já fui, serei

acabo a cabeça torta aqui

agora o caminho é curvo, turvo

rodas e correntes de vento

chuva e terra, um mundo de fora

flora e cova, uma vida de fora


Trojdens Desmond