quarta-feira, fevereiro 07, 2007

06/02/2007 20:05 a 21:00, Rio Branco – Acre

Uma espanhola, recém chegada ao Brasil, assim, falando um português melhor que o meu, digo, um Rio Amazonas melhor. Isso é de impressionar, não sei se alegremente ou tristemente. Alegremente, certamente não; aquilo é ficção, pretensão de arte; o descaso com a perfeição é deplorável, pior que os lixos jogados na novela América. – Meu Deus, tirai esse som. E aquelas músicas, trilhas, que a cada segundo alteram-se. Ah, brincadeira em, música que nada a ver tem com as estórias contadas. Atenção, não se troca de música desse modo, assisti, vós que fazeis este troço, ao menos ao Central do Brasil.

Voltando à língua, se não me engane tem um lá no seringal, estrangeiro que só ele, falando estranhamente, um português que só um estrangeiro poderia falar. – Sou humano, apesar de louco; quero a perfeição, seja o quê necessário for, ora bolas – olha aí Bola. Seja uma personagem representando a classe “alta” falando feio, com sotaque de tom natural, seja aquela personagem (um homem) no seringal, que fala: “essa morena linda” – lembrando que a tal à qual o rapaz refere-se é quase loura queimada de sol – “vai ganhar muita ouro”. Uniformidade, senhores, uniformidade. Professores de redação já me enchiam a paciência com essa coisa.

Ah, e o chiado, valha minha Nossa Senhora, é uma chiadeira daqui para lá, parece que estão num chão feito de lixa (isso nas cenas de ambiente urbano). E cadê o silêncio real de nossos pensamentos – tu, leitor deste texto, pensas à música de fundo? Parecem cenas de um épico, cada fala é um discurso revolucionário, com um simples dizer faz-se um fideliano (referencia aos discursos prolongados de Fidel Castro, só por serem prolongados, e não por serem de caráter ideológico, não pense errado, leitor).

“Os revolucionários rogam...”; que Revolução é essa? Revolta, caros leitores, foram rebeldes que “fizeram” o Acre. Creio eu, no alto de minha ignorância em relação à história de minha terra, que os seringalistas queriam mesmo era ganhar dinheiro, e ganharam um bocado, assim, de encher uma caixa d’água. Mas não trato disso, não sou historiador, muito menos conhecedor sagaz, como já afirmei, implicitamente, ali em cima.

Amor é importante, certamente, para contar uma estória, até mesmo a história. Mas, convide comigo, leitores, não é necessário confundir açúcar caramelado com o néctar de lindas flores. Já bastam outras produções da emissora, e da TV brasileira e mexicana.

E simbora vender CD. Fazer propaganda no final de uma cena tocante é alto da baixeza.

A quem não sabe do que se trata o texto, assista à Minissérie atual.


Trojdens Desmond

3 comentários:

Anônimo disse...

Sem contar que as músicas são totalmente descontextualizadas..

Anônimo disse...

sem nexo... não gosto e nem assisto akela minissérie, não dou audiencia prakele pessoal ficar mais rico. Acho q tinha formas melhores de contar uma história tão "linda" e "honrrosa" como a nossa.
Masss....
fazer o q...
gostei do texto...
parabéns

Anônimo disse...

Tbm n curto essa minissérie... e tbm n creio q nesse tempo q se passa essa história, n tinha tanto PUTERO como a tal mostra...
powww... Agente é de longe mais n quer dizer q agente é loco nao!!!
maisss... cada um com suas opiniões...
Esperamos alegremente q na outra fase, q se diz retratar mais de Chico Mendes, akele putero de Manaos se acabe, hehe, e que mostrem o q realemente aconteceu no acre!

Meu vô (tio toinho né kelmy!), que tbm assiste a minissérie apenas para se lembrar das coisas, hehehe, afirma e resalta que: "Nada do que está sendo retradado, significamente aconteceu... Há sim nomes de pessoas importantes que eu conheço."
contudo, há qm diga q o Acre esta sendo valorizado néé... valorizado pela boca dos atores que vieram. axo q são obrigados...
Intéé...
Mais vamo cantando: "Tenho medo de olhar nos seus olhos..."