segunda-feira, dezembro 03, 2007

Cores, aí, algumas

A alma é
o ser faz-se
o Mundo é
os seres...


Mundo de cinzas, cinzas cores, cinz'almas, cinzas seres, tristes seres, melancólicos, de amores baixos, emoções finas como superfícies de águas paradas, inteligências vagas, vontades, ah, quão simples vontades, que mundo, ah...


Mundo marrom, de marrons, gente morena, de amores morenos, doces méis, mel que marrom pode ser, que aqui é, certamente, tão quanto o belo rio, que de barro, folhas e árvores faz-se marrom, troncos, marrons, de vida, vida para nativos, marrons eles, como os rios, marrons de vida.


Escurinhas luzes, negros orbes, planícies baixas, seres altos, almas pretas, negras, escuras, mundo de correntezas de igarapé, igarapés pretos, pretos de folhas, negros de vidas e frescores; peixes e peixes, fartura tal qual tabuleiros de negras em terras mais altas, aqui, nos baixos das águas, é verde de matas, farinha amarela, peixe branco, mulatas e marrons caboclos.


Trojdens Desmond


Fotos da série Tribe (BBC), episódio The Matis

2 comentários:

Veriana Ribeiro disse...

cores. o q seria do mundo sem elas?

(apenas um punhado de branco e ciza sem graça, imagino)

(me suicidaria em 3 dias, se o mundo fosse assim)

Anônimo disse...

A cor branca, através de um prisma pode se decompor em todos os espectros. o que nós vemos é apenas o espectro captado de um objeto.

Seria razoavel imaginar que haveria algo mais por trás de tudo?

Terá, realmente, cores no mundo?

Ou todos são os espectros? Tanto faz.
Nosso cerebro decidirá.

(Um cego se mata por nascer cego?)

Gracias