Deveria eu falar (retalhar) da moça que me chamou de “revolucionário de merda” (ela não pronunciou a palavra merda, é verdade, mas é que dá uma emoção mais legal, mesmo já se sabendo a verdade); disse ela assim: “... que mão é essa que cria um filho que disse que não vai tirar o título de eleitor pra não votar?...”. Favor, né, minha dama. Para ficar como uma resposta, ações minhas virão para provar o //merda// que sou, pois discutir, já disse um certo moço inteligente, é para aparecer. Falarei apenas da minha mais nova alegria.
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Beleza é alegria, minha felicidade total, só isso e nada mais; superei os instintos primitivos, próprios de nossas matérias e que habitam meu inconsciente, não penso em crias, cópula, não penso apenas no calor da carne em minha boca, em meu corpo, alegro-mo só em ver tal pele morena, cor de meus sonhos, cabelos negros e corpo que certamente superaria Afrodite, se esta estivesse aqui, alegrando-me ainda mais. Minha mente pára, meu sangue pára, eu sinto querer pular para de mais perto ver, mas meu corpo é um corpo morto, meu espírito já está lá, ao lado da beleza doce, saiu, abandou-me, disparou como um raio de Zeus, mais rápido que qualquer descarga elétrica de meu cérebro.
Na volta de meu eu flutuante volto a pensar, mas pensar nunca é bom nesses momentos, a mente humana é tão estúpida quanto magnífica e complexa. O mundo, esse mundo de culturas hipócritas e insanas, ainda mais estúpido, produz seres vagos, vazios; quero deusas, lindas e tudo mais, a esperteza das ações e das idéias embebeda-me em igual teor à beleza.
Quero deusas, e não só para ver, deusas para amar. Quero aquela moça bonita, mas como deusa, não apenas bela, por mais esplendorosa que seja, por mais que já me faça delirar, por mais que já me tenha os olhos para si; quero que me tenha o coração e o espírito, meu todo eu, eu todo para si.
Na volta de meu eu flutuante volto a pensar, mas pensar nunca é bom nesses momentos, a mente humana é tão estúpida quanto magnífica e complexa. O mundo, esse mundo de culturas hipócritas e insanas, ainda mais estúpido, produz seres vagos, vazios; quero deusas, lindas e tudo mais, a esperteza das ações e das idéias embebeda-me em igual teor à beleza.
Quero deusas, e não só para ver, deusas para amar. Quero aquela moça bonita, mas como deusa, não apenas bela, por mais esplendorosa que seja, por mais que já me faça delirar, por mais que já me tenha os olhos para si; quero que me tenha o coração e o espírito, meu todo eu, eu todo para si.
Trojdens Desmond
Pintura de Claude Monet - Stroll At The Rocks Of Pourville e Música de Erasmo Carlos - De noite, na cama