Àqueles que me fazem de fingido, e que crêem que espero sempre um chamado e que o recuso por querer mais outro, para o diabo que lhes carregue.
A vos, chauvinistas, marxistas, comunistas, fascistas, feministas, lunáticos, apaixonados por suas paixões, condenados às suas ilhas mentais, traças de nossas culturas, simplistas, ufanistas do único, a vós as quatrocentas e dez páginas de intoleráveis M C V, citadas por Borges em seu conto A biblioteca de Babel. Botai em suas testas os dizeres: travado, parado, mão única, rua sem saída, mono-mental.
Burros, inúteis, incapazes de perceber a variedade dos seres, dado sua variabilidade genética que vossos corpos possuem ou deveriam. Consigais ao menos enxergar seus dedos? Cinco, diferentes, os são.
Pois, mudai-vos; observai as cores, os espectros da luz, as notas e combinações musicais; respeitai nossas escolhas, que não são as suas; não vos prendei a pressupostos. No dia em que encontrais a verdade, mostrai-nos, que certamente o objetivo de todos será alcançado – nossa felicidade.
Aos da música – uma de minhas verdades – tirai vossos preconceitos, achar que uma canção é apenas para um grupo, tudo é de todos e para qualquer um. Mozart, Carl Orff, Calypso, Zezé de Camargo e Luciano, Forró, Frevo, Samba, Choro, Led Zeppelin, Wagner Tiso, Walter Franco, Joaquín Cortés – mundo segue. Tudo é para todos.
Que fique claro, o Barbeiro de Sevilha não é para ser apreciado por certo grupo social, e Funk por outro – aqui meu preconceito: não dar nomes a grupo.
Desculpai-me pelos insultos, mas é necessário acordar-vos, muitos sofrem com suas ações.
Aos fãs da vida, o muito obrigado. E alegria a todos; a revolta é um simples momento de discórdia com o mundo, um simples, e não contínuo.
"Acabo de escrever infinito. Não interpolei esse adjetivo por costume retórico; digo que não é ilógico pensar que o mundo é infinito. Aqueles que o julgam limitado postulam que em lugars remotos os corredores e escadas e hexágonos podem inconcebivelmente cessar – o que é absurdo. Aqueles que o imaginam sem limites esquecem que os abrange o número possível de livros. Atrevo-me a insinuar esta solução do antigo problema: A Biblioteca é limitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, retirada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança."
Trecho do conto A biblioteca de Babel, livro Ficções de Jorge Luis Borges.
Trojdens Desmond
Mixturação – Walter Franco (Download)Mixturação – Walter Franco (Letra)