quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Sonho real


Vejo um rapaz a pedir esmola a um padre. (Por que um padre? - Não sei.) – Zé, tu deves ir a trabalho! Essa é tua vida.

Ah, padre, não me amole. Dá-me logo esse dinheiro. Esse é meu dever para Deus!

Sonhos são, em certas vezes, soluções erronias para nossos problemas; esperança. Além de serem desejos, incontrolados pela insanidade do abstrato da mente.

O que é vida? É viver de qualquer maneira, à maneira que queiramos? Por que deveríamos viver a adorar Deus, sendo Ele o criador de tudo? Se Ele nos fez para adora-Lo, é Ele um egocêntrico megalomaníaco?

Deus é a força criadora e destruidora; uma força física, imperceptível em qualquer instante senão no resultado de Seus atos.

Se Ele tem consciência da adoração feita, eu não sei. Mas se tudo isso está feito, demasiado agradecido, aproveitarei o possível e tentarei o impossível.

É muito provável que essa gente entregue-se a algo por não “conseguir” acreditar em outro algo, ou simplesmente crer que isso seja necessário.

Vida é um sonho, sonhado acordado.


Trojdens Desmond
Imagem: Impression, soleil levant (Impressão, sol nascente); Claude Monet

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Mudanças climáticas, mudança da natureza


A vocês que lêem este texto. Ação. Trato (escuto e penso) de aquecimento global desde os primórdios de minha adolescência (há cinco anos). Por todos esses anos de convivência, árduos anos de procura por entendimento, vejo que isso é algo real, natural, presente em toda a existência do Planeta, esse azulzinho mesmo. O mundo está mais quente - eu não sei não, mas dá para sentir na pele, hein. Uma ilha já foi “tragada”, na Índia. E tantas outras coisas que não me recordo no momento ou estou com preguiça de procurar para dizer-lhes.

Várias pessoas dizem – os céticos dizem, mas não uso tal palavra, pois eles crêem ser pejorativa – que este problema não é nada de importante; que é papo furado daqueles que não têm ideologia qualquer; que é o refúgio dos esquerdistas, dos comunistas; que é coisa de pobre que não quer ver rico ganhar mais dinheiro; que é coisa de macrobiótico que nunca viu uma árvore na vida; que é coisa da moda. Enfim, os próprios críticos usam sentidos pejorativos para a explicação do fenômeno. Eu não sou macrobiótico – experimentem ao menos comer inhame; eu não sou esquerdista; posso ser pobre, mas não ligo para riquezas; vivi num quintal cheio de árvores, eu sei o que é uma árvore, e muito bem; nem filhos tenho. Não falo como cientista, eu não o sou; falo como estudioso de nossa cultura, e vendo o que vejo, é necessário muda-la.

Acabo de escutar: “o metano é pior que gás carbônico”. Eu digo: bello. Boi tem por todos os lugares. Vós, que comei carne a torta e a direita, limitai-vos a comer e a comprar periodicamente. Carne não é necessária todos os dias de vossas vidas, dizei isto também a um pecuarista, e se possível, dai-lhe um cascudo. Andai de ônibus, eu sei que isso é terrível, terrível mesmo.

O Brasil; os brasileiros poderiam ser mais egoístas, nós temos uma oportunidade enorme: pegar todos aqueles que fazem queimadas e joga-los ao fogo, que eles queimem, pois eu não quero ver minha terra, a terra onde vivo ter sua temperatura elevada em 5ºC, já é quente agora, já falta água (mesmo isso sendo culpa dos governantes). Esse Governo que passou, e que segue ideologicamente, aqui no Acre, tinha a chance de colocar seu nome no mundo; discriminar totalmente a pecuária, no mínimo o avanço; criar uma ideologia de proteção de nossa terra, não ufanismo estadual, elevando nossa história para acalmar os egos de vários acreanos, não o meu, os do resto. A quem votou em Tião Viana, o prazer de vossa desgraça; esse senhor é autor de uma emenda de R$ 75 milhões ao Orçamento Geral da União para que a Agência Nacional do Petróleo desenvolva estudos de prospecção de gás e petróleo na fronteira com a Bolívia e Peru . Gastar dinheiro com essa coisa é brincadeira com a inteligência humana; até eu, no alto de meus treze anos dizia ao meu pai: “por que essa gente não monta um parque aqui no Juruá, ao menos um Festival da Farinha” – nem isso tem lá. O quê faz um ser humano pensar que petróleo é a solução hoje, logo agora, nessa época? Meu Deus!

O Mundo está mudando. Tudo muda, mas é percebível que essa mudança prejudica várias pessoas, àquelas que querem viver mais, e querem que seus herdeiros também, e àquelas que não ligam. Mude-se, mas de preferência, mude sua mente. Mas disse Nietzsche em Crepúsculo dos Ídolos: “Dizer-lhe: ‘Muda tua natureza! ’ seria desejar a transformação de tudo...”. Vivo um pesadelo. Nem sonho mais.

Trojdens Desmond



A primeira vítima




Bem-vindo a 2057 - Jerry Carvalho Borges, Ciência Hoje On-line
O Brasil no cenário das mudanças climáticas - Juliana Tinoco, Ciência Hoje On-line
Comentário de Miguel Scarcello sobre o ato de Tião Viano - Blog do Altino Machado

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Coisa estranha, esta fascinação pelo desconhecido.

Esse é um dos documentos da história da ciência mais famoso que foi produzido por Kepler depois de conseguir formular as suas três leis sobre o movimento dos planetas:

“Aquilo que vinte e dois anos atrás profetizei, tão logo descobri os cincos sólidos entre as órbitas celestes; Aquilo em que firmemente cri, muito antes de haver visto a Harmonia de Ptolomeu, Aquilo que no título deste quinto livro, prometi aos meus amigos, mesmo antes de estar certo de minhas descobertas; Aquilo que, há dezesseis anos atrás, pedi que fosse procurado; Aquilo, por cuja causa devotei as contemplações astronômicas a melhor parte de minha vida, juntando-me a Tyho Brahe; Finalmente eu trouxe a luz, e conheci a sua verdade além de todas as minhas expectativas... Assim, desde há dezoito meses, a madrugada, desde há três meses, a lua do dia e, na verdade, há bem poucos dias o próprio Sol da mais maravilhosa contemplação brilhou. Nada me detém. Entrego-me a uma verdadeira orgia sagrada.Os dados foram lançados.O livro foi escrito. Não me importa que seja lido agora ou apenas pela posteridade.Ele pode esperar cem anos pelo seu leitor, se o próprio Deus esperou seis mil anos para que um homem contemplasse Sua obra.”

Tudo que está escrito foi feito diante de emoção, esperança, crença, amor, promessas, disciplina, sacrifício, uma vida inteira em jogo. Para quê? Kepler não podia imaginar nada prático sobre suas investigações. O que estava em jogo era apenas o prazer da visão, ver aquilo que ninguém jamais havia visto. E toda a espera se realizava numa experiência indescritível de prazer.
Coisa estranha, esta fascinação pelo desconhecido.



Baseado no texto Ciência, Coisa Boa...


Iram Lee

domingo, fevereiro 11, 2007

Mais uma vida jogada fora

“Mais uma vida jogada foraUm coração que já não bate mais, descanse em pazSonhos que vão embora, antes da horaSonhos que ficam pra trás”
(Gabriel O Pensador)

O assunto da vez se chama João Hélio Fernandes. O menino de seis anos foi arrastado por 15 minutos, por 14 ruas – cerca de sete quilômetros, isso tudo preso a um cinto de segurança pelo lado de fora do carro.

Mas os ladrões só queriam o carro. Um deles disse que não sabia que tinha um menino preso pelo lado de fora do carro. Entretanto surgem certas indagações. Será que o menino não chorou ou gritou? Será que ninguém poderia ver isso não meio da rua e perceber que algo estava errado?

Pessoas atiraram pedras na casa de uns dos bandidos. Na minha opinião, isso não é lá muito digno, porém melhor do que ficar em casa assistindo televisão.

E qual é a solução? Essa é a parte mais difícil. Não adianta encher os morros de policiais numa luta onde a sociedade nunca irá ganhar. O processo é demorado e árduo.

É preciso educação, saúde, emprego, moradia digna, cultura, e não aquelas novelas inúteis que passam na tv. Enfim, qualidade de vida. Porém isso não traz votos, pois o que dá voto é obra – não é verdade, excelentíssimo senhor JV? Mas para tudo isso é necessário 10 ou 15 anos...

Carlitos Marx


quarta-feira, fevereiro 07, 2007

06/02/2007 20:05 a 21:00, Rio Branco – Acre

Uma espanhola, recém chegada ao Brasil, assim, falando um português melhor que o meu, digo, um Rio Amazonas melhor. Isso é de impressionar, não sei se alegremente ou tristemente. Alegremente, certamente não; aquilo é ficção, pretensão de arte; o descaso com a perfeição é deplorável, pior que os lixos jogados na novela América. – Meu Deus, tirai esse som. E aquelas músicas, trilhas, que a cada segundo alteram-se. Ah, brincadeira em, música que nada a ver tem com as estórias contadas. Atenção, não se troca de música desse modo, assisti, vós que fazeis este troço, ao menos ao Central do Brasil.

Voltando à língua, se não me engane tem um lá no seringal, estrangeiro que só ele, falando estranhamente, um português que só um estrangeiro poderia falar. – Sou humano, apesar de louco; quero a perfeição, seja o quê necessário for, ora bolas – olha aí Bola. Seja uma personagem representando a classe “alta” falando feio, com sotaque de tom natural, seja aquela personagem (um homem) no seringal, que fala: “essa morena linda” – lembrando que a tal à qual o rapaz refere-se é quase loura queimada de sol – “vai ganhar muita ouro”. Uniformidade, senhores, uniformidade. Professores de redação já me enchiam a paciência com essa coisa.

Ah, e o chiado, valha minha Nossa Senhora, é uma chiadeira daqui para lá, parece que estão num chão feito de lixa (isso nas cenas de ambiente urbano). E cadê o silêncio real de nossos pensamentos – tu, leitor deste texto, pensas à música de fundo? Parecem cenas de um épico, cada fala é um discurso revolucionário, com um simples dizer faz-se um fideliano (referencia aos discursos prolongados de Fidel Castro, só por serem prolongados, e não por serem de caráter ideológico, não pense errado, leitor).

“Os revolucionários rogam...”; que Revolução é essa? Revolta, caros leitores, foram rebeldes que “fizeram” o Acre. Creio eu, no alto de minha ignorância em relação à história de minha terra, que os seringalistas queriam mesmo era ganhar dinheiro, e ganharam um bocado, assim, de encher uma caixa d’água. Mas não trato disso, não sou historiador, muito menos conhecedor sagaz, como já afirmei, implicitamente, ali em cima.

Amor é importante, certamente, para contar uma estória, até mesmo a história. Mas, convide comigo, leitores, não é necessário confundir açúcar caramelado com o néctar de lindas flores. Já bastam outras produções da emissora, e da TV brasileira e mexicana.

E simbora vender CD. Fazer propaganda no final de uma cena tocante é alto da baixeza.

A quem não sabe do que se trata o texto, assista à Minissérie atual.


Trojdens Desmond

terça-feira, fevereiro 06, 2007

O mundo está ficando quente

O ano de 2007 será o quente da história. Nos próximos cem anos, a Terra ficará 3º C mais quente e também metade das espécies entrará em risco de extinção. E até mesmo “Ele”, o não mais tão poderoso assim (lembrando que ele perdeu a maioria no Congresso), excelentíssimo senhor George W. Bush concorda em diminuir a emissão de gases poluentes.

Será possível que não faremos nada pra a nossa própria sobrevivência? Com tudo isso, lembrei da musica Astronauta de Gabriel Pensador:

“...Eu vou pra longe, onde não exista gravidade
Pra me livrar do peso da responsabilidade
De viver nesse planeta doente
E ter que achar a cura da cabeça e do coração da gente
Chega de loucura, chega de tortura
Talvez aí no espaço eu ache alguma criatura inteligente
Aqui tem muita gente, mas eu só encontro solidão
Ódio, mentira, ambiçãoEstrela por aí é o que não falta, astronauta
A Terra é um planeta em extinção”
Carlitos Marx

Obs.: Os números de visitas crescem, porém ninguem comenta. Por favor, comente. Pensamos que só nós e os OVNIs estão entrando. Gratos.

domingo, fevereiro 04, 2007

Mixturação

Àqueles que me fazem de fingido, e que crêem que espero sempre um chamado e que o recuso por querer mais outro, para o diabo que lhes carregue.

A vos, chauvinistas, marxistas, comunistas, fascistas, feministas, lunáticos, apaixonados por suas paixões, condenados às suas ilhas mentais, traças de nossas culturas, simplistas, ufanistas do único, a vós as quatrocentas e dez páginas de intoleráveis M C V, citadas por Borges em seu conto A biblioteca de Babel. Botai em suas testas os dizeres: travado, parado, mão única, rua sem saída, mono-mental.

Burros, inúteis, incapazes de perceber a variedade dos seres, dado sua variabilidade genética que vossos corpos possuem ou deveriam. Consigais ao menos enxergar seus dedos? Cinco, diferentes, os são.

Pois, mudai-vos; observai as cores, os espectros da luz, as notas e combinações musicais; respeitai nossas escolhas, que não são as suas; não vos prendei a pressupostos. No dia em que encontrais a verdade, mostrai-nos, que certamente o objetivo de todos será alcançado – nossa felicidade.

Aos da música – uma de minhas verdades – tirai vossos preconceitos, achar que uma canção é apenas para um grupo, tudo é de todos e para qualquer um. Mozart, Carl Orff, Calypso, Zezé de Camargo e Luciano, Forró, Frevo, Samba, Choro, Led Zeppelin, Wagner Tiso, Walter Franco, Joaquín Cortés – mundo segue. Tudo é para todos.

Que fique claro, o Barbeiro de Sevilha não é para ser apreciado por certo grupo social, e Funk por outro – aqui meu preconceito: não dar nomes a grupo.

Desculpai-me pelos insultos, mas é necessário acordar-vos, muitos sofrem com suas ações.

Aos fãs da vida, o muito obrigado. E alegria a todos; a revolta é um simples momento de discórdia com o mundo, um simples, e não contínuo.

"Acabo de escrever infinito. Não interpolei esse adjetivo por costume retórico; digo que não é ilógico pensar que o mundo é infinito. Aqueles que o julgam limitado postulam que em lugars remotos os corredores e escadas e hexágonos podem inconcebivelmente cessar – o que é absurdo. Aqueles que o imaginam sem limites esquecem que os abrange o número possível de livros. Atrevo-me a insinuar esta solução do antigo problema: A Biblioteca é limitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, retirada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança."

Trecho do conto A biblioteca de Babel, livro Ficções de Jorge Luis Borges.



Trojdens Desmond


Mixturação – Walter Franco (Download)

Mixturação – Walter Franco (Letra)

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Dois filhos de seu Dico.


A Globo não disponibilizou tempo para que a Minissérie fosse de Galvez a Jorge Viana, isso causou enorme insatisfação ao ex-governador, entretanto, Jorge Viana não se cansa, e já propôs a Glória Perez seu novo trabalho.
Nome inicial: Dois Filhos de Seu Dico.
Alguém tem sugestões?

Iram Lee