terça-feira, setembro 29, 2009

Meu rio de vagabundo


Foto de Karen Aiache


Me vejo nesse rio

Não pela beleza da correnteza

Mas pela corrente da preguiça

Imagino ser fácil descer

Descer e descer e sempre descer

Esse rio


Assim espero que seja só isso preciso

A subida certamente poluiria

Pois tenho preguiça de remar

Jardim Desmond

AAAAAAh


É ela, amor
É ela, o sentimento
É e só é
Só é por assim ser
Não há outra

É assim, Ah
Como um grito suprimido
AAh, como um grito que suprimi-se
AAAh, um grito que foge
AAAAh, a dor da prisão em si mesmo
O Grito que não sai
O sentimento que surge
AAAAAh, o grito que agora ruge

Jardim Desmond

Calor de minha Terra



Essa porra!
O calor tira a paciência que Deus nos deu
Essas casas mal feitas de Cohab nos tira o vento
Mandados pra acalmar a alma, a paciência
Porra!
As árvores de sombra somem
O sol nos cozinha nessa forma
Forma de concreto e asfalto
Panelas de barro com o mais refinado acabamento
Casas de barro duro
Os ventos gelados de máquinas
Só para quem não teme a apunhalada
Da energia e sua conta
Minha máquina jorra um ar quente
De um bafo de dragão tremendo
Cidade sem acabamento das Leis de Higiene

Deitado na rede
Não penso mais naquele homem
Lá no Norte, que nem eu
Que sai à sangria da árvore
No calar da escuridão da manhã
Penso no pobre
Cozido em sua casa

Eparrei Oyá

Jardim Desmond, agora

sábado, agosto 02, 2008

O mundo de Fora, a flora da vida


O desejo agora não é de transcender, apenas sair, sair da consciência da vida para a consciência do sonho, não argumentar e conviver com a verdade em entropia, energia de vida que seja jamais transformada em trabalho. Mundo de fora, fora de si, fora de tudo, fora de in, fora, só fora e nada mais.

Ir com o gosto de desejo, desejo de sair, desejo por tudo que não se vê, desejo por sentir aquilo que não é, construir o que não se é. É dito agora, em claro, claro e alto, o desejo é de ir, com gosto de desejo de sair.


Trojdens Desmond

quinta-feira, julho 03, 2008

Um pingo

O céu descansa a vista

a vista insiste no céu

o céu prende a vista

a vista insiste

o céu dá a vista

a vista

ela, um céu rosa

eu, uma vista azul


Trojdens Desmond                           .......................




Bom é dizer muito em pouco, melhor dizer tudo, ruim dizer nada em tanto, muito mais que tudo, pior é nada em tudo, assim fala minha consciência calada 

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segunda-feira, junho 30, 2008

Pensamento 01

Meus contatos com Deus são meio complexos, nos falamos eventualmente.

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Procurarei postar mais e menos.

Near, cara! Tudo bem? Saudades...

Carlitos Marx

terça-feira, maio 27, 2008

27 quinto, amor infinito

Espero

Espera, bela


//Toinc, toinc, toinc, toinc//, escuto a menina cantar meu cabelo, voz de menina doce, voz para menino moço, como só eu sou, com a mão em meu rosto, como só ela pode. Ela, menina moça do meu coração, com beijos finos e macios em meu rosto, a me fazer feliz, feliz como em um 27 de minha vida, como neste 27 de mês quinto. Mais que feliz fico agora por saber do gosto de sua alegria por mim, naquele 26. Para alegria sua, mesmo que não seja completa por eu não estar no momento, deste momento em diante, mando-lhe um Eu rosa, um eu de sua cor, para que eu esteja sempre em caminho com seu tom, tom que me encantou por horas, horas em que fico estático a ver e sonhar com a correnteza de nossas vidas, sem muros inoportunos e insanos, insanos de doença não de beleza, uma insanidade chata, desesperada, ah!

A ti, Pazzita linda, somente a ti, um Eu rosa, um Eu que possa estar contigo noite e dia, receber de ti os carinhos que eu ainda sonho ter mais que em breves horas que já passaram. Recebe-me em teus braços nesta manhã, recebe o Eu de tua cor, que na tarde sonharei que recebas o eu real. Moça fada que me encanta, minha fadinha. Feliz ano 19 de sua vida.


Trojdens Desmond

sábado, abril 05, 2008

Dias, enfim, mais dias

Com cores e sons em mente espero
espero o fim
espero ela


Hoje e amanhã, dias em que me passo em dor
dor por saber que amanhã terei o nada para contemplar minha dor
dor por saber que o depois de amanhã nem o nada terei

Pior hoje, a dor de saber que já agora eu tenho o nada como fim
dor de saber que amanhã existirá, que amanhã com o nada existirei
com o nada dessas palavras que deliram ser algo
apesar de não possuírem cor, poeirinhas letras que nem som possuem

Mas ainda que com nada eu viva, que eu viva com o nada mais belo
com a mais bela de tudo



Trojdens Desmond

quinta-feira, março 27, 2008

Mina viva, mina morta



Mergulho em cactos d'ouro, encontro-me em ouros de louros, sujo de vida em louros de outros, nos amores de tantas, na dor de ninguém.

Mergulho em ouro a cactos de vidro, com sujeira de morte, couro de touros tortos que morrem em sangue de prata, espadas sem alma.

Ah, vertigem em areia à roda de louros de gritos e amores por gente que aqui não é nem há, por gente que aqui não sabe o que é ou há.


Trojdens Desmond